2014.09.11
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...os sonhos sempre exerceram elevo na humanidade… e eu faço parte dela!  Somos seres totalmente diferenciados. E o que nos diferencia? Serão os nossos sonhos de conquista? – Penso que sim. Já  Freud  dizia que os sonhos são fenómenos psíquicos onde realizamos desejos involuntários. E eu acrescentaria conscientes também… para mim o sonho é o resultado de uma conciliação. Sonhar faz parte da existência humana, pertence a cada estado de alma, a cada ser, a cada mundo interior, bem ou mal o sonho ocupa o leito da nossa noite. Dorme-se e, não obstante, vivencia-se a eliminação de um desejo. Satisfaz-se um desejo, porém, ao mesmo tempo, continua-se a dormir. Somos movidos em cada novo dia por motivações, saudade, desejos, necessidades, motivos para permanecermos entusiasmados,  motivos que nos deixam tristes, não só num hoje mas num amanhã …Então,  porque não se há-de sonhar se é o sonho que alimenta a vida? Que a brevidade do tempo que ainda resta não nos distancia do verbo sonhar!Só aí perceberemos a força do verbo amar. Esse sentimento inexplicável. Amar! Não faltemos a este sonho.
2014.08.28
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Ergo o olhar rodeada de pensamentos escritos e não escritos. Hoje, estava capaz de escrever uma carta para ser enviada. Sim, uma carta. Mas, como se começa uma carta, como se escreve? – Será que ainda sei? Dou-me conta que já não utilizamos o papel e a caneta como antigamente. São emails, os sms, blogs, facebook e afins. O papel e a caneta ficam esquecidos ou são em nossas vidas inexistentes quando toca a querermos comunicar. No entanto, existem palavras que precisam de ser escritas, de ser lidas e relidas em folha de papel. Precisamos delas para que futuramente possamos guardar e selar acontecimentos em nós. Acontecimentos que nos falam de saudade, de presença, de encontros e desencontros. Pergunto-me: - porque se sente que certas palavras saturam e outras preenchem os nossos dias? Fico-me em algumas respostas, alguns silêncios, são mais que presença. Deixo apenas espelhadas nestas linhas os sonhos fortes e presentes nos quais só lembranças restam. Será esta uma disposição mental distorcida e inconsciente que cria distorção neste presente no qual vejo reflectida a sombra do futuro? Hoje nada sei. Hoje como ontem, nada sei. Perdida em muitas palavras. Encontrada em poucas. Há determinadas palavras que só as usarei e compreenderei quando perder alguém, ou quando «alguns» me perderem a mim. Neste hoje guardo-as em mim como ontem. Neste momento, quero apenas deixar que o vento que entre as janelas da varanda de casa de meu pai  ouço passar, nada me desassossegue, de nada me isole, de nada nem de ninguém me refugie. Sim, quero! Será que deva querer este querer? Se assim for que me reveja na letra do grupo musical Deolinda, «Tem de acontecer, porque tem de ser, e o que tem de ser tem muita força, e sei que vai ser, porque tem de ser, se é pra acontecer, pois que seja agora.»  Sim que seja agora, pois a vida é uma escola valiosíssima na qual um dia a palavra fim terá o seu próprio fim. Como será? - Não o sabemos, no entanto muito dependerá do rumo que optamos! Neste existir sei que fizeram parte do meu caminho sorrisos verdadeiros, abraços longos e momentos únicos. A estes fui, sou eternamente grata!