2014.11.18
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...antevê a melodia que não quer escutar. Nela se situa! Pessoas
com palavras mais e menos sábias que as suas diligenciam momentos. Pensa neles
e a actividade mental não quer repousar. Na existência que germina, grãos
morrem e nascem envoltos de ervas daninhas. Engloba-se! Em fracções de minutos,
de segundos juíza vislumbrar q.b. de retalhos. Longe dos ruídos do mundo, da
cidade, entra num só ruído, o ruído do seu silêncio. Enche os segundos de mais uns
quantos retalhos. Une-os aos outros. Sabe que se encontra na linha de montagem.
Tudo se une mal ou bem, bem ou mal. Oh! Retalhos de retalhos. De uma única cor os
considera. No entanto, não entende, porque os retalha assim. As gotas escorrem
pela face para se unirem com as da chuva... O tempo leva a que se ausente. A
noite recai na Noite que o angustia. Retalhos se afiguram. E para quando o ultimo
retalho, o gozo sem fim? Compila renovadas vidas que nascem de um morrer para viver.
Vidas feitas de retalhos! Não de um viver de esterilidade total ou
mediocridade. E neste retalho de segundos, considera o mal humano com mais
humildade que severidade, com mais dó do que indignação… Um pobre retalho!