2016.12.16
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 22H11. Nesta hora as paredes recomendam silêncio e o tempo, como que interrompido, abraça-me e diz-me: Sou teu. Sento-me na secretária, tanto para ler, para estudar.  Antes de iniciar a leitura, percorro o pc e hoje não posso descansar os braços quando me perguntam: - O teu blogue parou? Respondo: - Calma amigos que qualquer dia nada terei mais para dizer ou a vontade será outra. Hoje ainda é tempo de rabiscar entendimentos. Tudo o que não é segredo carece de partilha!
Acabo de chegar a casa. Percorri caminhos cuja paisagem era rapidamente engolida pela escuridão da estrada, pela presença das luzes das viaturas. Uma noite. Eis-me a chegar a casa, recordo o dia que me surpreende. Repouso num agora no reconfortante lar que encontro já silenciado e que me convida a emudecer e a encontrar-me com as surpresas amigas que se fazem presente em e-mails. Não cruzo os braços e respondo.
Agradeço a música enviada. Fala do que vive um coração reluzente e intervalado. Instantes de realidades que explodem e estilhaçam-se ao acender da chama que vive em mim e também em vós de forma diferente. A música é chama que encadeia um coração que traz em si traços que datam tempos de uma porta aberta. Ganho tempo amando a noite, mesmo que o corpo padeça de cansaço pelos últimos tempos vividos.
Não arquitecto imagens e pensamentos quando o silêncio me bate à porta. Deixo-o entrar e permaneço nele. Quando acolho o silêncio colho em mim palavras eternas dum amor maior.
No coração vive-se a mais dura e bela batalha. Todos os golpes são permitidos para que em verdade o possa encontrar. E noite em que o vivo, sentada ao redor da paisagem de outros mundo(s) envolve-me a serenidade do seu mundo. 
Na medida que o tempo passa vou conhecendo melhor as lágrimas que alisam ombros de humanismo. Apercebo-me e faço presente em mim tempos vividos por poetas, compositores e místicos, quando se interrogavam apaixonadamente sobre o sentido do vivido e permitiam a abertura da janela do coração no qual lhes era revelado o fascinado segredo do amor. No e em silêncio vivem-se extraordinárias narrativas de vida! Só me apraz agradecer: Obrigada!
2016.09.16
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cruzei-me com esta imagem, pensei:
num hoje ando devagar porque já tive pressa....
hoje não tenho pressa, mas não perco tempo!

pois bem, no início de mais um ano lectivo a maior herança que podemos dar às nossas crianças é ajuda-las a crescer deixando-as usar e abusar de uma boa "dose de infantilidade". Não as empurremos para que cresçam. Que estas nunca deixem de sonhar. Não convivamos com o hábito de querer tudo para ontem. Tudo tem o seu tempo.