2015.07.01
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Só o «amor atrai amor.» Em tempos de férias colidi com esta frase algures... Uma frase que redobra a atenção na atracção pelo verbo amar. Amar o amor que carece de ser amado! É esta voz que convido a escutar. Escutarás tu a minha voz?! Repete com determinada transparência este verbo, nas palavras e nos actos. Toma-o como norma para que não permaneça a aridez, a desilusão, a dúvida, o medo… Progride a amar o amor! Sente-o no pulsar da vida. Tudo te parecerá mais luminoso! Só o «amor atrai amor.»
2015.06.07
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Um retrato pintado com a alma é um retrato, não do modelo mas do artista.
[Oscar Wilde]
2015.05.02
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Com a vida aprendi o que é o amor, antes mesmo de o albergar no coração para que servisse de morada terna e eterna. Com a vida aprendi que cada pessoa deveria ter uma mãe para guiar e orientar, proteger e embalar mesmo que se trata de uma idade adulta. Com a vida aprendi que precisamos de guias na nossa travessia individual e uma mãe é tudo. Hoje atravesso não sei bem como esta travessia e estaciono no tempo para celebrar de uma forma peculiar o dom da vida de minha mãe. Hoje é o seu dia. Hoje ainda tenho a graça de celebrar a seu lado o seu aniversário, amanhã o dia das mães. Não posso ouvir muito bem a sua voz nem perscrutar o que lhe vai na alma. Vejo-a, admiro o seu  rosto cansado o seu sorriso forçado e a crueza da cena é uma proposta ao silêncio que guardo amorosamente em mim. Um silêncio que me arranca do mundo das palavras, das respostas prontas e faz-me sentar a seu lado sem nada dizer, dando-lhe um abraço sem ela muito bem compreender que hoje está de parabéns. E ouço levemente a sua respiração tranquila ao lado da minha ofegante dor por saber que ela não sabe porque ali se encontra. E o meu sofrimento perde a sua força quando eu o coloco ao lado desta grande e lutadora mulher. E é a observar esta grande mulher que eu (re) aprendo não somente a traduzir as emoções com as minhas atitudes, mas sobretudo a estudar o homem que a ama e que permanece a seu lado. Eis a maior prova de amor! O tempo corra demasiado depressa e hoje dou valor a estes pequenos pedaços de ternura. Dou importância ao essencial, guardo pequenos gestos de simplicidade e inocência que mais tarde podem significar muito  se me der ao trabalho de começar a prestar atenção ao que me/nos rodeia. Ao finalizar este dia rememoro a história de Saint Exupéry, de um pequenito príncipe que veio de um planeta cuja única companhia que tinha era uma rosa. (esta rosa que o acompanhou durante todo o caminho, não vos é familiar? A mim muito. Ele, estimou-a cuidou dela, fê-la crescer, protegeu-a do sol, dos ventos e das tempestades. Este pequeno príncipe compreendeu que: «FOI O TEMPO QUE PERDESTE COM A TUA ROSA QUE A FEZ TÂO IMPORTANTE PARA TI» Obrigada, minha mãe!
2015.04.24
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 - Acreditas que amanhã também brilhará o SOL?
2015.04.09
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O silêncio da força da natureza tem a sua arte e o seu encanto. Tudo é enleado, tudo é geometricamente observado. De nenhum arquitecto necessita. Que prodígio de paciência e arte de amor! Talvez seja a melhor linguagem de quem queira ser entendido sem se explicar. Este silêncio há quem o entenda e o consiga integrar na própria vida outros silêncios levarão uma vida sem o entendermos. E palavras não há que consigam explicar o quanto o silencio se adequa em determinados momentos da vida em que o importante não é vencer todos os dias mas lutar sempre. Nestes determinados momentos o silêncio é rei. Nestes determinados momentos temos que ser imensos para saber sermos sozinhos. E isto não é ser difícil é sermos selectivos nas opções que fazemos. O presente não é só viver com o que temos é muito mais que uma prova diária é muito mais que um sinal visto e pronunciado. Quantas frases, palavras, imagens, cravamos em nós, para que possamos continuar o caminho? Silêncios de ecos não pronunciados que se sentem de uma forma especial! A vontade que germina no silêncio do olhar é uma grande criança, com frenesins enormes, birras e barafundas ainda maiores… A saudade deste silêncio gela demasiado quando este silêncio chega a um fim. Pergunto-me muitas vezes: -haverá fins melhores que começos?
2015.03.19
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...quero recordar-te 
para sempre assim!
pequena indefesa,
segura em teus braços,
que não esquecem
o quanto me embalaram.
hoje, (re)vejo.te
envelhecido,
e num cansado rosto,
transparece
a beleza de continuar 
a agradecer 
o dom de amar a vida!
e nas noites imensas
com as feridas de ambos seguirás
e guardarás em ti
a doçura da seiva e de sangue
que se perdem em mim!
2015.02.09
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 A obra aos poucos no atelier ALVO nasce… entretanto nesta fria manhã, pesquiso Fernando Pessoa e no “ Livro do Desassossego” encontro e transcrevo: «Leio como quem passa. E é nos clássicos, nos calmos, nos que, se sofrem, o não dizem, que me sinto sagrado transeunte, ungido peregrino, contemplador sem razão do mundo sem propósito, Príncipe do Grande Exílio, que deu, partindo-se, ao último mendigo, a esmola extrema da sua desolação." E tal como o próprio poeta o afirma e na tela permanecerá: “não sei quem sou, que alma tenho!”.
2015.02.03
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… e no final da conversa estabelecida nesta tarde de inverno em que o sol teima em ficar  envergonhado por entre as nuvens e a chuva dança ao sabor do vento, (re)escrevo em palavras: - quantos de nós nos comprometemos em histórias sem saber os caminhos que iremos percorrer? Permanecemos incrédulos perante grandes estojos de chaves que se destinam a abrir portas de mudança. E a mudança será para melhor, ou permaneceremos como estamos? Gera-se o medo. No entanto, estagnados no tempo e no espaço não podemos ficar. Só dura aquilo que se transforma e renova. Novo rumo, aceitar o desafio, deixar de lado, os medos, os receios, as dúvidas e receber do meio que está nas nossas mãos todo um conjunto de saberes. Se não arriscarmos o que sonhamos e projetámos nunca saberemos a positividade da mudança. Nada se aprende sem tentar e se tivermos em linha de conta a singularidade de cada um muitos caminhos encontraremos. Os desafios em que nos lançamos são sementes arremetidas à terra. O que resta é deixar cativar o ser que somos pela sabedoria dos que se fixam em nós. Idolatrar o passado não é o pretendido, mas uma confiança superlativa para que façamos uma leitura correta com serenidade é o essencial. Não esqueceremos este passado de histórias pois no passado muito aprendemos e foi nele que sonhamos com um futuro melhor desatado de medos. Vamos lá, então, para um novo desafio que se encontra ao abrir da porta. Um novo rumo...

2015.01.17
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“Por la vida vas seguro y decidido
Pero menos mal que acabarás perdido
Perderse no es ningun error, a veces es mejor
Te vuelves a buscar, te empiezas a reencontrar”

                                       (El sueño de Morfeo)
2015.01.01
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Nunca poderemos escolher o melhor ano de um tempo, pois a vida jamais nos permitirá no final analisar o ano que se segue… E esse pode ser o melhor ano das nossas vidas! Coleccionamos encantos, pessoas, seleccionamos momentos para que estes sejam recordados sem nostalgia do passado. Nos dias mais ausentes, vive-se do presente e do saboroso horizonte em que se vê resplandecer o sorriso enternecedor de alguém que connosco partilhou e partilha os dias do ano, nos estende a mão e nos diz: - não caminhas só! Toda a narrativa das nossas vidas tem que ser vivida com toda a intensidade e vitalidade? Sim, quando se pode. Façamos por isso… pois, um dia não crescerá o tempo para fazer aquilo que queríamos ter feito. Enquanto tal não acontece, entremos num novo caminho, num novo ano onde cada um viajará de forma muito peculiar, muito sua. Em qualquer tempo de um qualquer ano não desistamos de ser os maiores aventureiros da expedição que nos toca viver, não desistamos de nós! E porque muito vos amo, estou aqui! Feliz 2015 para cada um em particular.