2016.07. 04
_______________________________Diante uma revista antiga deparei-me com esta transcrição de Dorozynski, membro da Academia das Ciências de Nova Iorque: «os crimes mais horrorosos contra a Humanidade foram cometidos mais em nome da obediência do que em nome da desobediência ou rebelião»
Interrogo-me: - o quanto por vezes obedecemos e este
obedecer nos é contraditório pois amedronta o ser que somos. Mas se
amedronta, porque obedecemos? Só pelo simples facto que desde a
infância fomos ensinados a obedecer? Chega de tanta obediência
desobedecida. Perante determinados acontecimentos, magoamos e
ferimos, a nós e a outros sem entendermos o quanto dizemos ou
fazemos. Não digo com isto para vivermos numa estufa global e medir
tudo o que dizemos ou fazemos. Não faria mal nenhum se o fizéssemos.
Muitos de nós se encontram de férias. As férias servem também
para tal. Retirar alguns dias de férias e partir na aventura de nós.
A maior parte de nós já parou uns dias nestes meses que passaram! O
Ser que somos tem muito para desvendar, e só como diz uma canção
espanhola: «só se vive uma vez». Sabemos que não é fácil
viver e o enredo de situações que nos são presenteadas,
envolvem-se em determinadas ações que não se conjugam com o que
pensamos e o modo como agimos, o que nos é dito não nos parece ser
de todo o que projetamos. Porque não dizemos e afirmamos o que
deveríamos e fazemos prevalecer o muito que trazemos em nós? Não
somos máquinas, somos humanos! Porque nos calamos e silenciamos o
que queríamos ter dito ou feito em determinado momento? Quanto mais
tarde refletimos sobre as nossas práticas diárias, quanto mais
tarde refletirmos sobre determinadas palavras ditas |proferidas por
x pessoas, continuaremos a trazer na memória a dúvida na certeza
que a mágoa poderá permanecer. Que o agir não seja premissa da
análise de Dorozynski…. Que continuemos a obedecer mas com
ponderação sobre a obediência que nos é imposta. Não cruzemos as
mãos a esta forma de agir. Que a nossa convicção perdure perante
os outros, não deixemos de ser e fazer o que gostamos em detrimento
de outros valores. Não podemos nem devemos deixar de ser nós
mesmos! Que os outros com a nossa perseverança não nos subestimem!
Carpe Diem, apesar de tudo!