2014.08.22

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«Quando eu nasci,
Ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias,
Nem o Sol escureceu,
Nem houve Estrelas a mais...
Somente,
Esquecida das dores,
A minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
Não houve nada de novo
Senão eu.
As nuvens não se espantaram,
Não enlouqueceu ninguém...
P'ra que o dia fosse enorme,
Bastava
Toda a ternura que olhava
Nos olhos de minha Mãe...»
[Sebastião da Gama, Serra-Mãe]

Apercebo-me do poema de Sebastião da Gama, que escolhi para aqui fazer memória deste dia e este faz ainda mais sentido do que o sentido que já fazia, quando interiorizado num dia como o de hoje, feito de muitos e variados caminhos!… Há mundos mágicos assim de que só as criaturas, o pensamento, as palavras e os actos que nos circundam são capazes de continuamente deixar resvalar na eterna direcção da vida. Para cada um uma só palavra basta: OBRIGADA!