2014.12.24
_______________________________


... a todos e a cada um em particular : uma Santa e Feliz Noite de Natal!

Presépio: brilho de simplicidade
….
numa ditosa e simples gruta, rompe-se no silêncio da noite,
o presente da paz de Deus!

os anjos cantavam, as estrelas brilhavam,
José vigiava
e o olhar terno e eterno de Maria O contemplava…
… o burro, a vaca aqueciam, pastores, anjos e reis acorriam!
humildes e poderosos cativados estavam
e diante da manjedoura se prostravam.
simplicidade, realeza, paixão e oração,
centelhas do Amor de Deus numa noite de emoção!

nem toda a humanidade compreendeu,
mas o brilho da simplicidade
desta Noite Santa em Belém da Judá
para sempre… NASCEU!

2014.12.20
_______________________________


Menino Jesus,
é a primeira vez que te escrevo, pelo Natal. Há muito tempo que ouço falar de ti. Sabes bem o que te digo! Quando eu era pequenita, há muito tempo já, ensinaram-me no infantário a escrever a um gordo de barbas brancas vestido de vermelho, (se ainda fosse de azul escuro!) chamavam-lhe o Pai Natal, garantiram-me que ele descia pela chaminé na noite de 24 e ia trazer-me um presente se me tivesse portado bem durante todo o ano. Ficava triste ao olhar para os traquinas da minha sala do jardim infantil ao pensar que nada iam receber. Em casa o cenário era outro, bem diferente, eras tu que descerias não sei por onde, pois não tinha chaminé nem lareira…. Meu pai convidava a que eu colocasse aos pês da árvore de natal uma soquinha de madeira que ainda hoje a guardo, tinha que ficar junto do presépio onde tu não estavas, pois ainda não tinhas chegado com os presentes. Só chegarias na noite do dia 24. Tudo mudou. E muita da fantasia perdi. Este ano, relembrando o tempo em que toda a ternura me aconchegava na noite fria de inverno, resolvi porque os tempos que atravesso são difíceis escrever-te. Senti necessidade de fazer-te alguns pedidos. Menino Jesus da minha pequena infância, traz-me coragem para suportar a maldade, dá-me resistência para aguentar a solidão e a tristeza na minha família e no mundo. Presenteia-me com energia para continuar a enraivecer-me face às agressões sociais, e à dor das crianças que envelhecem antes do tempo, dos idosos que morrem sem um sorriso de quem amam. Ajuda-me a aceitar, a resistir as falsas verdades, a perdoar o imperdoável, a integrar o que disperso se encontra em mim. Depois, no dia 24, enquanto as famílias se unem, riem e convivem fica sentadinho no céu a vigiar os meus, a vigiar-me a mim. Faremos companhia um ao outro. Pois não tenho mais ninguém. Se achares que estou a ser demasiado pedinchona, não tragas nada. Dá-me só o teu grande amor, fica junto a mim no cantinho de alguns minutos da minha infância, onde reinou a fantasia, o sonho e a terna ilusão de o ser! Obrigada, Menino Jesus.  Este Natal vem cear comigo. Estás convidado.