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A obra aos
poucos no atelier ALVO nasce… entretanto nesta fria manhã, pesquiso Fernando Pessoa e no “ Livro do
Desassossego” encontro e transcrevo: «Leio como quem passa. E é nos clássicos,
nos calmos, nos que, se sofrem, o não dizem, que me sinto sagrado transeunte,
ungido peregrino, contemplador sem razão do mundo sem propósito, Príncipe do
Grande Exílio, que deu, partindo-se, ao último mendigo, a esmola extrema da sua
desolação." E tal como o próprio poeta o afirma e
na tela permanecerá: “não sei quem sou, que alma tenho!”.